Vereadores aprovam dia municipal da mulher negra em Itapevi

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No plenário virtual da Câmara Municipal de Itapevi, os vereadores aprovaram na terça-feira, 24, em votação única, projeto de lei (PL) que institui o 25 de julho como Dia Municipal da Mulher Negra em Itapevi.

O PL, de autoria do vereador Gordo Cardoso (PSDB), ressalta a importância e contribuição das mulheres negras na cidade e Itapevi, além de somasse as celebrações realizadas em outras cidades brasileiras e na américa latina. “A data busca reconhecer a luta, trabalho e contribuição das mulheres negras itapevienses hoje, com a aprovação da lei, e nos próximos anos por meio de ações da prefeitura”, disse o autor.

Na justificativa, o parlamentar também destaca que a história do Brasil relata a trajetória da mulher negra marcada por sacrifícios, pois foram escravizadas, amas de leite e cuidadoras, e ainda por muitos após o fim da escravidão no país.

Aprovado de forma unanime pelos vereadores, o projeto será encaminhado para sanção ou veto do prefeito Igor Soares (Podemos).

Tereza de Benguela

A data instituída no PL, 25 de julho, é a mesma que é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, e no Brasil a data homenageia a quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro.

Conheça um pouco mais sobre sua história.

Tereza viveu no século XVIII e foi casada com José Piolho, que chefiou o Quilombo do Piolho até ser assassinado por soldados do Império brasileiro. Com a morte de Piolho, Tereza de Benguela se tornou a líder do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas no quilombo que ocupava parte do território da Bolívia e do estado de Mato Grosso.