A conquista feminina na política é uma construção de mais de um século. Em fevereiro de 1934, foi publicado o primeiro Código Eleitoral do Brasil, que eliminou algumas restrições, mas apenas facultou o voto às mulheres. O alistamento e o voto só passaram a ser obrigatórios definitivamente na Constituição de 1946.
Não faltaram mulheres neste longo processo para conquista do voto feminino em diversas cidades brasileiras.
Em Itapevi, a primeira mulher a conquistar uma cadeira na Câmara Municipal foi a contabilista Maria Aparecida Franco, na 3ª Legislatura (1969/1972). Eleita vereadora pelo partido da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), Maria Aparecida foi a primeira voz feminina a ser ouvida na Casa de Leis itapeviense.
No período, a pioneira na vereança defendia projetos destinados a melhora da qualidade de vida dos itapevienses nas áreas da saúde, educação, moradia, saneamento básico e transporte. O trabalha da vereadora resultou em sua reeleição para 4ª Legislatura da Câmara (1973/1977).
Após a passagem da Maria Aparecida pela Câmara, os eleitores de Itapevi elegeram nove mulheres até a atual legislatura: Benedita Morelli Franci (1989/1992), Maria Ruth Banholzer (1993 /1996 e 1997/2000), Geone Xavier Pereira (1993/1996), Norma Lucia Ribeiro de Souza (1997/2000 e 2001/2004), Aparecida Luiza Nasi Fernandes (2001/2004), Sonia Regina Oliveira Salvarani (2001/2004, 2005/2008 e 2009/2012), Camila Godói (2013/2016 – 2017/2020), Inácia dos Santos (2013/2016), Tininha (2013/2016 – 2017/2020) e Mariza (2017/2020)
Certificado de reconhecimento
Em reconhecimento ao pioneirismo da Maria Aparecida, os vereadores criaram uma horaria com o seu nome, o Certificado de Reconhecimento Vereadora Maria Aparecida Franco, destinado às mulheres que tenham se destacado no município profissionalmente ou prestado trabalhos relevantes na área social.