Aprovado: Câmara de Itapevi terá fórum de acessibilidade para pessoa autista

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Proposta prevê a realização anual do fórum pela Casa de Leis, por meio da sua escola do parlamento, no mês de abril de cada ano

Em sessão remota, os vereadores aprovaram na última terça-feira, 24, projeto de resolução (PR) que coloca o debate sobre acessibilidade e direitos da pessoa com transtorno do espectro do autismo (TEA) como pauta constante na Câmara de Itapevi.

Idealizado pela vereadora Tininha (PSD), o PR busca ampliar o debate na cidade sobre o desenvolvimento de ações e a acessibilidade da pessoa autista em Itapevi. “Quero que a câmara participe dos debates sobre os diretos da pessoa com autismo, pois é aqui que fazemos as leis da cidade, e onde podemos contribuir ainda mais para que a pauta do autismo ganhe ainda mais visibilidade”, justificou a parlamentar.

Pela proposta, o fórum deve ser realizado anualmente pela Casa de Leis, por meio da Escola do Parlamento Dr. Osmar de Souza, sempre no mês de abril. Tendo como objetivo central debater questões de acessibilidade, programas existentes, promoção da cidadania e reforço dos direitos sociais da pessoa autista. 

Segundo dados do Governo Federal, estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo tenham autismo, sendo 2 milhões delas no Brasil. Porém, até hoje nenhum levantamento foi realizado no país para identificar essa população.

Abril é conhecido no mundo pela campanha “Abril Azul”, onde é realizada diferentes ações votadas para o autismo. A iniciativa conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que escolheu o 2 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

Autismo

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.