EXPOSIÇÃO – Fábulas Poéticas

“Verônica Pacheco transforma melancolia e ironia em fábulas repletas de lírica poesia”

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

Rica de fantasia, Verônica Pacheco é uma artista profundamente emotiva. Seu ânimo o revela através de tonalidades por vezes suaves e tenras, em outras marcantes, bem como em melancolias poéticas ou em cenas irônicas, movidas pelos temas que a inspiram.

Os resultados alinham a jovem pintora entre os artistas líricos mais puros e genuínos, com obras que se transformam em verdadeira poesia.

As formas, em suas estruturas pictóricas, se dissolvem em sonhos inocentes. O cromatismo largo e distensivo constitui a característica dessa artista, que se dirige a metas renovadas.

Suas criações enfocam figuras humanas em atitudes emblemáticas e possuem o sabor de uma fábula, na qual se reconhece uma realidade fantasiosa harmonizada com um ritmo incessante, que envolve o traço e uma variedade cromática muitas vezes explosiva.

Nelas, a objetividade se materializa, encontrando a própria identidade em atitudes fantásticas. O resultado nos transmite um encantamento tênue que induz o expectador a uma pesquisa e a uma análise intrigante.

A obra “La família Chullista del Peru”, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, revela o evidente fascínio que Verônica Pacheco possui pela cor. Na efervescência íntima do entusiasmo e das novas exigências amadurecem na artista aquelas concepções que melhor respondem aos impulsos e aos lances do seu ânimo, bem como às necessidades estéticas do seu espírito puro e embevecido pela beleza.

A artista

Verônica Pacheco, pseudônimo artístico de Verônica Marcela Pacheco Perez-Palma, nasceu na cidade de Lima, Peru, em 1979.

Carinhosamente chamada por seus pais de Verito, já no primeiro ano de idade foi diagnosticada possuidora de uma disfunção cerebral profunda, passando desde então e ininterruptamente a receber diversos tipos de terapia personalizada em sua casa.

la familia Chullista del Peru

Somente aos quatro anos e meio pronunciou sua primeira palavra: “globo”. Apesar de certa lentidão para aprender, possui uma poderosa memória, pois não esquece os conhecimentos nem as informações que assimila.

Diversos especialistas peruanos colaboraram com a família para seu crescimento: com Amparo Rosales recebeu a terapia da linguagem, aprendendo a falar, ler e escrever; com Cida Marquina passou a compreender o conceito do “zero”, as proporções, os números e as operações simples; com Celinda Saavedra desenvolveu um criativo programa de terapia ocupacional que incluiu pintura em cerâmica, madeira e telas.

Em 1999, com a pintora Maria Angélica Neyra Peña, iniciou a pintura a óleo, acrílico e aquarela, realizando sua primeira exposição na Galeria de Arte da Escola Nacional de Belas-Artes do Peru, em 2002. No ano seguinte recebe do presidente da República do Peru, Alejandro Toledo, um prêmio especial no Palácio do Governo. Por ocasião do XVII Reunião do Grupo do Rio, em Cuzco, teve a oportunidade de obsequiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma de suas obras, intitulada “A Amizade e o Divertimento dos Arlequins”.

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Peru, Estados Unidos, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo

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